RÁDIO FERA AO VIVO!

domingo, 16 de novembro de 2014

OPINIÃO DO FERA: Resumo das Eleições 2014.


Mais uma eleição na vida de todos nós se passou e posso dizer sem dúvida alguma que essa foi uma das mais marcantes. A começar pelas manifestações populares ocorrida nas ruas brasileiras em junho de 2013 contra o atual e reeleito governo federal. Esse ano em meio a campanha eleitoral fomos surpreendidos com a morte do então candidato Eduardo Campos (PSB), que então tinha Marina Silva como candidata a Vice. Após a tragédia, o partido anunciou Marina como candidata a Presidência e tendo como seu Vice, Beto Albuquerque, que é gaúcho de Passo Fundo-RS e nasceu em 06/01/1963. A partir de então começou uma disputa acirrada entre os três principais candidatos ao Palácio do Planalto seja no horário político, nos debates. Com relação aos debates posso analisar que houveram mais ataques entre os candidatos do que propostas em prol da população.

O primeiro turno da eleição para o novo Presidente do Brasil foi realizado em 5 de outubro de 2014. Nenhum dos candidatos atingiu mais de 50% dos votos válidos, portanto um segundo turno foi realizado em 26 de outubro. A atual presidente da República, Dilma Rousseff, foi reeleita pelo Partido dos Trabalhadores (PT), vencendo o senador mineiro Aécio Neves do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). No final de junho de 2013, os governos municipais, estaduais e federal enfrentaram uma das maiores manifestações populares da história do Brasil. Motivados inicialmente pelo aumento do preço das passagens do transporte coletivo nas capitais, os manifestantes posteriormente voltaram sua pauta de reivindicações para outros temas após o cancelamento do aumento dos preços das passagens em várias cidades. Os protestos se voltaram em especial contra a Copa das Confederações FIFA de 2013, cuja realização coincidiu com as manifestações. Os protestos chegaram a reunir mais de um milhão de pessoas simultaneamente nas ruas de 80 cidades e se transformaram nas maiores manifestações de rua do país em mais de duas décadas. Segundo o pesquisador francês Frédéric Louault, o governo Dilma foi pego de surpresa pelos protestos, pois não percebeu o distanciamento que estava tomando dos movimentos sociais, tradicionais aliados do PT. Segundo Louault, "concentrado nos indicadores macroeconômicos, o governo pensava que o apoio dos setores sociais estava garantido. Este foi um erro importante do governo de Dilma Rousseff".

À época, Dilma possuía altos índices de popularidade - 79% de aprovação pessoal - e segundo o jornalista Paulo Moreira Leite "a oposição parecia ajoelhada", uma vez que a população dava a impressão de estar satisfeita com seu governo. Durante e após os protestos, a popularidade da presidenta caiu acentuadamente, assim como a de boa parte dos governadores e prefeitos. Dilma chegou a empatar com Marina Silva em uma das simulações de segundo turno. No entanto, ao contrário de governadores e prefeitos, que preferiram manter distância das reivindicações para evitar maiores desgastes, Dilma "saiu da defensiva", segundo o comentarista político Kennedy Alencar, e apresentou na televisão um plano de cinco pactos em resposta às principais reivindicações das ruas – a defesa de uma maior responsabilidade fiscal para evitar o avanço da inflação, a proposta de criar uma assembleia constituinte para promover a reforma política, maiores investimentos em mobilidade urbana, a destinação de 100% dos royalties do pré-sal para a educação e ações voltadas para a melhoria da saúde pública.

Segundo avaliação do secretário-geral da presidência da República, Gilberto Carvalho, os protestos tiveram origem na insatisfação da "grande camada de brasileiros que emergiu da exclusão e passou a consumir" com os serviços públicos medianos que lhe são ofertados.

As candidaturas só foram oficializadas pelos partidos entre 10 e 30 de junho de 2014, mas os partidos políticos do país começaram a definir seus candidatos à presidência antes do período.

No 14º Encontro Nacional do PT, realizado no início de maio de 2014, o Partido dos Trabalhadores oficializou a pré-candidatura de Dilma Rousseff à reeleição, pondo fim às especulações de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia vir a disputar novamente a presidência da República. Uma semana depois, dirigentes do PMDB se reuniram na capital federal e chegaram à conclusão de que o vice-presidente Michel Temer deveria continuar como companheiro de chapa de Dilma.

Em 10 de outubro de 2013, o Partido Socialista Brasileiro definiu que o ex-governador de Pernambuco, e ex-aliado do PT, Eduardo Campos seria o candidato à presidência pela legenda, após ter entregue os cargos no governo federal em 18 de setembro daquele ano. Em 28 de novembro, a ex-ministra do meio ambiente Marina Silva – que não conseguiu legalizar seu partido, a Rede Sustentabilidade, a tempo para as eleições de 2014 e acabou se filiando ao PSB – anunciou que Campos seria o candidato do PSB à presidência, pondo fim às especulações de que ela poderia encabeçar a chapa do partido. No dia 14 de abril de 2014, Marina foi confirmada como candidata a vice-presidente na chapa do ex-governador pernambucano.

Em 19 de novembro de 2013, o Partido da Social Democracia Brasileira definiu que o senador por Minas Gerais, Aécio Neves, seria o candidato à presidência da sigla. O ex-governador de São Paulo e candidato derrotado em 2010 José Serra tentou se firmar como candidato pelo partido mas não conseguiu apoio suficiente dentro do partido. Em 16 de dezembro de 2013, Serra publicou um curto comunicado em sua conta no Facebook desistindo da indicação do partido.

Em 1° de dezembro de 2013, o Partido Socialismo e Liberdade havia escolhido o senador pelo Amapá, Randolfe Rodrigues, como candidato do partido para a presidência. Ele havia derrotado a pré-candidata Luciana Genro em votação promovida no 4° Congresso Nacional do partido. Porém, em 13 de junho de 2014, o PSOL anunciou que o senador desistiu da candidatura a presidente pelo partido e que ele seria substituído por Genro. Na nota em que divulgou a desistência de Randolfe, o PSOL afirmou que o senador saiu da disputa para "construir uma alternativa política contra o retorno das forças conservadoras no estado do Amapá" e que a opção "representa um prejuízo na construção de uma alternativa de esquerda nestas eleições".

Em 22 de março de 2014, o Partido Verde divulgou nota oficializando a candidatura de Eduardo Jorge à presidência da República pela sigla. Durante evento realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo no mesmo dia, o pré-candidato apresentou o documento "Viver bem, viver verde", com as diretrizes para a elaboração de um programa do PV para uma eventual gestão à frente do Governo Federal.

O deputado Pastor Everaldo do Partido Social Cristão também colocou seu nome como pré-candidato à presidência da República, assim como o ex-deputado federal e três vezes candidato a presidente José Maria Eymael do Partido Social Democrata Cristão e o presidente do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro, Levy Fidelix, que disputou a presidência em 2010. Outros candidatos de 2010 que anunciaram que concorrerão novamente foram José Maria de Almeida do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado81 e Rui Costa Pimenta do Partido da Causa Operária. Por fim, o Partido Comunista Brasileiro anunciou que escolheu Mauro Iasi para representar a sigla na disputa à presidência.

A advogada Denise Abreu lançou sua pré-candidatura pelo recém-criado Partido Ecológico Nacional, porém encontrou resistência dentro do partido, dificuldades de estrutura de campanha e falta de planejamento. No último dia para a realização de convenções partidárias, o PEN comunicou ao PSDB seu apoio formal à candidatura de Aécio.

Com o resultado oficial do primeiro turno da Eleição, as figuras e partidos políticos já começaram a definir quem iria apoiar no segundo turno, optando entre Dilma Rousseff(PT), Aécio Neves (PSDB), ou pela neutralidade.

Logo após o resultado final do primeiro turno ser divulgado, a terceira colocada no primeiro turno, Marina Silva, sinalizou apoio a Aécio Neves, mas nada foi oficializado, e dois dias depois, a candidata impôs condições para o apoio dela à Aécio, que não aceitou mudar seu Programa do Governo apenas para obter o apoio dela. Aécio recebeu o apoio do responsável pela área econômica do programa de governo de Marina Silva, Eduardo Giannetti da Fonseca. No dia 12 de outubro, a candidata Marina Silva declarou seu apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB).

Os principais partidos da coligação de Marina Silva oficializaram apoio a Aécio Neves: O Partido Popular Socialista (PPS) formalizou o apoio à Aécio no dia 7 de outubro de 2014 por decisão unânime do Partido. O Partido Socialista Brasileiro (PSB) definiu apoio a Aécio no dia 8 de outubro, em uma reunião da Executiva Nacional do partido, onde 21 integrantes votaram a favor do apoio à Aécio, enquanto 6 integrantes votaram pela liberação do partido.

O Partido Verde (PV) e seu candidato a presidência, Eduardo Jorge, oficializaram no dia 8 de outubro, por 33 votos a 6, apoio a Aécio Neves, e a mesma posição foi tomada no mesmo dia pelo Partido Social Cristão (PSC), e seu candidato a presidência, Pastor Everaldo. O Partido Social Democrata Cristão (PSDC) também deverá anunciar apoio a Aécio.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e sua candidata a presidência, Luciana Genro, optaram pela neutralidade, mas repudiou o voto a Aécio Neves, e sugeriu à militância votar branco, nulo, ou em Dilma Rousseff (PT). O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) optou pela neutralidade, e recomendeu somente o voto nulo. No dia 15 de outubro, Levy Fidelix anunciou o apoio dele e de seu partido, o PRTB, a Aécio Neves.

Ao dia 26/10/2014 tivemos a realização do 2º turno, onde tivemos uma disputa acirrada no voto a voto, onde só conhecemos a vitória do atual governo faltando muito pouco para fechar a contagem das urnas. Para encerrar o comentário, gostaria de salientar que somos todos iguais perante a Constituição, portanto partidos que não tem representatividade no Congresso Nacional deveriam ter o direito de participar dos debates em rádio e TV, além de todos os candidatos e partidos terem um tempo igual na propaganda eleitoral obrigatória, pois assim tem a chance de todos mostrarem suas propostas.

Um abraço a todos e até a próxima participação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário